terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Diário de Bordo Cinefantasy - Dia 02/12

Neste dia, assistimos o primeiro filme no hotel. Tv de 32", ar condicionado, só faltou a pipoca (teve gente que achou que o cofre do quarto era um microondas). Assistimos a 4 filmes no total. Os filmes Alucardos e Malditos Sean, que ganharam os principais prêmios do festival, terão suas resenhas separadas

Skew (Canadá, 2011)

O canadense Skew, usa a batida técnica câmera na mão para dar um tom realista a trama - Rich, Eva, e Simon embarcam em uma viagem de carro - Simon pretende registrar tudo com uma filmadora. Durante o trajeto o casal Rich e Eva tentam entender porque Simon brigou com sua companheira (que também faz parte do ciclo de amizades), porém o mesmo tenta evitar o assunto. A câmera incomoda Eva, e pequenos conflitos começam a surgir - depois de um bom tempo de lenga lenga, Simon se assusta quando filma uma pessoa no quarto - depois ao tentar ver quem era, ninguém aparecia na filmagem - logo após o ocorrido - descobrem que o balconista do hotel está morto - a partir daí, estranhas coisas começam a ocorrer. Infelizmente não engoli a história da câmera amaldiçoada, que filma a pessoa, e logo depois ela morre, aparecendo como fantasma - essa fraca combinação de Bruxa de Blair e O Chamado podia ser compensada com cenas mais tensas e assustadoras - mas nem isso o filme consegue cumprir - a história acaba caindo em clichês de conflitos adolescentes, do tipo "Simon, você ama minha namorada?" - e acaba em um final tedioso e sem inspiração.

Direção: Sevé Schelenz
Elenco: Robert Scattergood, Amber Lewis e Richard Olak




Habano Y Cigarrillos (Argentina, 2009)

Outro filme argentino no festival, aqui uma história maluca de humor negro - Um grupo de amigos veteranos de escola, se encontram em um bar para relembrar os velhos tempos, depois desse encontro - Gustavo e Daniel, começam a trocar idéias, sobre ninguém ter se dado bem na vida - frustados e insatisfeitos com o trabalho, casamento - ficam pensando como seria se a sorte fosse outra. Daniel conta ao amigo uma estatística maluca em que, apenas um de cada grupo escolar, consegue vencer na vida, dando alguns exemplos, entre eles, um de sua própria turma. Daniel descobriu também após pesquisar muito, que se alguém matar um cara que se deu bem, a sorte passa pra ele - daí, já dá pra imaginar o que se segue - O filme começa bem, bons diálogos entre as conversas entre Gustavo e Daniel, e algumas cenas mostrando as rotinas de cada um - porém peca em algumas atuações, cenas que deveriam ser engraçadas mas acabam sendo irritantes - acaba caindo na repetição. Vale pela criatividade do roteiro, pena que mal aproveitado no desenvolvimento.

Direção: Diego Recalde
Elenco: Fernando Miasnik, Diego Recalde, Patricio Franco, Diego Sehinkman, Florencia DA’gostino, Osvaldo Djerejian, Valeria Kamenet, Lucy Czopowicz, Marta Molina, M25, Daniel Ortíz, Facundo Saltarelli, Demetrio López, Gerardo Laffite, Daniel Greco, Pachi Barreiro, Alfredo Rizo, Juan Lepore, Nicolás Fiore, Ignacio Montesinos, Julio Pallero, Juan Carlos Mastrángelo y Martín Pugliese.




Die Farbe (Alemanha, 2010)

Vencedor do prêmio de Melhor Ficção no Cinefantasy, e em vários outros festivais pelo mundo afora, o alemão Die Farbe é uma adaptação do conto A Cor Que Caiu do Céu de H.P Lovecrafat - na resenha de Whisperer in Darknees, eu havia falado o quanto era difícil adaptar Lovecraft - o diretor Huan Vu faz aqui um belo trabalho - filmado em preto e branco, e com uma atmosfera sombria - a misteriosa trama traz o jovem Jonathan Davis, que busca o pai desaparecido desde a segunda guerra mundial - Em sua procura, ele chega a um isolado vilarejo, e escuta a história de um dos moradores - relata que na região caiu um meteoro, alguns cientistas tentaram estudar, mas ninguém chegava a uma conclusão - uma família vizinha é gravemente afetada, e sofre as consequências que o ocorrido trouxe ao local. Incrédulo diante da história do estranho homem, Jonathan, mesmo sobre os avisos, vai a floresta buscar o pai. O interessante e estranho, é que a ameaça alienígena não é um monstro - é uma cor, sem forma, que faz as plantas e frutas crescerem com um sabor amargo, animais morrem sem explicação - e pessoas são levadas a demência - Este conto é considerado uma obra prima do autor, e foi transcrito com competência para o cinema pelo diretor.

Direção: Huan Vu
Elenco: Erik Rastetter, Michael Kausch, Ingo Heise, Marco Leibnitz, Olaf Kraetke, Marah Schneider, Ralf Lichtenberg



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